A Síndrome da Ardência Bucal (SAB) diz respeito a dor sentida como se fosse uma ardência ou queimação na região interna da boca, bem como nos lábios. Se não for devidamente tratada, essa Síndrome pode agravar de nível, intensificando o problema e suas consequências.
Se você sofre com sintomas como formigamento, ardor e até dormência na boca, cujo incômodo aumenta conforme você se alimenta e ingere líquidos, saiba que você pode estar sofrendo de SAB. Mas, calma, porque não há motivos para se desesperar!
Neste post, nós, da 021 Dental, vamos discorrer detalhadamente sobre a SAB, suas causas, seus sintomas, bem como explicar se ela tem cura e destacar alguns tratamentos efetivos. Continue lendo para conferir!
O que é a Síndrome da Ardência Bucal?
A Síndrome da Ardência Bucal (SAB), também conhecida como Síndrome da Boca Ardente (SBA), Parestesia Bucal e Glossipirose, é um desconforto doloroso causado na cavidade oral que, geralmente, surge por meio de queimação e ardência na região interna da boca, como língua, gengiva, mucosa jugal (a parede interna das bochechas), e também na área externa, como os lábios.
A grande questão é que nem sempre estão presentes sinais de inflamação, muito menos lesões, ou seja, é um problema sem sinais aparentes.
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Existe algum grupo de pessoas que está mais sujeito à SAB?
Sim, de acordo com vários estudos científicos, mulheres entre 50 e 70 anos na pós-menopausa são mais favoráveis à Síndrome da Ardência Bucal!
Foi o que concluiu uma pesquisa realizada por profissionais da PUCRS após fazerem estudo de caso a partir da análise de prontuários de 100 pacientes portadores de SAB. Ao final da investigação, notou-se que:
“A SAB acomete preferentemente mulheres na faixa etária entre 51 e 70 anos, ficando a proporção mulher/homem em 5,61” (CHERUBINI, Karen, et al, 2005).
Destaca-se, porém, que homens, jovens e crianças também podem sofrer com este problema, uma vez que, muito embora haja um porcentual de ocorrência maior em mulheres, outros grupos não estão isentos de sofrer com a SAB.
Quais são os sintomas da SAB?
Alguns dos sintomas mais notáveis quando o que está em pauta é a Síndrome da Ardência Bucal são:
- Ardência, queimação, formigamento ou dormência na bochecha, gengiva, garganta e nos lábios;
- A dor afeta especialmente as bordas da lateral da boca e a ponta da língua;
- Dor constante por mais de 2 horas por dia, prolongada por mais de 2 meses;
- Diminui durante a noite e aumenta ao longo do dia;
- Aumento do desconforto doloroso ao comer, beber e conversar;
- Alterações no paladar, assim como na quantidade de produção de saliva;
- Aumento significativo da sede.
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Quais são as causas dessa Síndrome?
Em primeiro lugar é necessário destacar que ainda não existem estudos que indiquem de forma absoluta a raiz desse problema, isso porque as causas da Síndrome são variáveis e imprecisas.
Além disso, as causas podem ser primárias ou secundárias, isto é, as primeiras são aquelas em que existem os sintomas, mas inexiste uma causa identificada, já as segundas são aquelas em que é possível identificar a causa da SAB.
Algumas das causas secundárias, são:
- Alergia a certos alimentos ou produtos odontológicos;
- Falta de vitamina B12 e ferro;
- Infecção com Cândida e bactérias;
- Doenças endócrinas e neurológicas;
- Questões emocionais;
- Diabetes;
- Determinados medicamentos como anti-hipertensivos e psicotrópicos.
Hoje, o que existem são algumas circunstâncias diversificadas que podem contribuir com a SAB, como também um diagnóstico que se dá mediante a exclusão de causas, a partir de exames e consultas.
A Síndrome da Ardência Bucal tem cura?
Sim, a Síndrome da Ardência Bucal tem cura desde que tratada da maneira mais adequada e eficiente possível, além de ser combatida a sua causa principal.
Para tanto, é necessário que seja feita uma análise completa no paciente para averiguar o fator originário da Síndrome e, assim, ser atacada a causa certa. Ou seja, se for constatado que a causa é diabetes, convém tratá-la para, então, curar a SAB.
E por falar em diabetes, saiba mais sobre a sua relação com a odontologia, clicando no link e acessando o nosso outro conteúdo sobre o assunto.
A SAB pode gerar outros problemas?
Sim, se não for devidamente tratada, essa Síndrome pode acarretar outros problemas de saúde!
E na lista de outras doenças que podem surgir estão:
- Problemas nutricionais por conta da falta de vitaminas e nutrientes ocasionada pela alimentação deficiente;
- Xerostomia, ou seja, boca seca;
- Líquen Plano, isto é, inflamação na boca;
- Abalos emocionais devido à condição desconfortante.
Daí a importância de diagnosticar a SAB o quanto antes e dar início aos recursos terapêuticos com um dentista especializado no assunto.
Quais são os tratamentos da Síndrome da Ardência Bucal?
Entendido do que se trata a Síndrome da Ardência Bucal, compreendidos alguns dos seus sintomas e fatores mais frequentes e esclarecido que ela tem cura e se gera outros problemas, é importante conhecer quais os tratamentos existentes.
Existem dois tipos de tratamentos para a SAB: a) tratamentos que atacam os sintomas e b) tratamentos que curam a SAB. Vamos entendê-los!
Os tratamentos sintomáticos servem apenas para aliviar a dor causada pela Síndrome e boas práticas são: colocar pequenos pedaços de gelo na boca e deixar por pouco tempo para não queimar e ingerir bebidas e alimentos gelados. Além disso, também é importante não fazer uso de alimentos ardidos e picantes, nem de tabaco e tampouco bebidas alcoólicas.
Já o tratamento curativo deve ser direcionado por dentistas capacitados para prescreverem os melhores medicamentos e as práticas necessárias.
Com este conteúdo você pode conhecer melhor a Síndrome da Ardência Bucal, as suas causas, os seus sintomas e as suas consequências e entender que além de cura, existe tratamento. Agora você pode estar mais atento quanto ao assunto e buscar um diagnóstico mais rápido.
Continue acompanhando o nosso conteúdo para ficar por dentro de tudo que diz respeito a saúde e estética bucal. Até mais!
Referências:
CHERUBINI, Karen, et al. Síndrome da Ardência Bucal: revisão de cem casos. Revista Odonto Ciência, v. 20, n. 48, abr./jun., 2005.